No corpo humano em geral, o que não é usado, tende a ser descartado… O que isso quer dizer?
Músculos que não são usados, atrofiam, ossos que não são estimulados, perdem densidade e ficam frágeis, um coração que não recebe grandes volumes de sangue, também tende a atrofiar e ficar menos eficiente. Ou seja, o que não é usado é perdido.
Ao longo da evolução dos animais esse provavelmente foi um mecanismo que se desenvolveu para poupar energia, uma vez que os tecidos do corpo consomem caloria e oxigênio para manterem-se vivos, quanto mais atrofiados forem esses tecidos, menos eles vão consumir da energia disponível.
O problema de todo esse mecanismo é que muitas vezes o nível de estímulo oferecido a essas estruturas é reduzido devido a uma diminuição muito importante do nível de atividade, como no caso de pessoas que sofreram lesões neurológicas ou desenvolveram alguma doença ou até mesmo durante o envelhecimento. Nesses casos o estímulo aos músculos e ossos deixa de ser feito ( ou diminui muito) durante as atividades de vida diária, o que leva à necessidade de intervenções específicas.
Mas que intervenções específicas são essas?
No caso da saúde dos ossos, para manter a densidade mineral óssea o estímulo mais eficiente é o de descarga de peso, ou seja, é necessário ficar em pé! Se não for possível ficar em pé sozinho por comprometimento de equilíbrio, força, etc… é necessário pensar em configurações que permitam que a pessoa que tem um nível de atividade reduzido possa ficar em pé mesmo que seja com assistência. Minimizando assim o risco de fraturas e com isso o afastamento das atividades de reabilitação e exercício físico.
O ortostatismo (posição em pé) também oferece vários benefícios como melhora do trofismo muscular, prevenção de deformidades e encurtamentos, desafio ao controle postural podendo ser uma forma de treino de controle de tronco e quadril, melhora do trânsito intestinal, etc…
Porém é válido ressaltar que o posicionamento deve ser realizado de forma adequada para minimizar o risco de lesões e tirar o máximo proveito dos benefícios.