Acredita-se que pessoas com lesão medular sejam uma das categorias com menor índice de atividade física, aumentando suas chances de desenvolver doenças cardíacas e metabólicas associadas ao comportamento sedentário. A realização de exercícios físicos com essa população utiliza equipamentos como ergômetros de membros superiores, ergômetros assistidos de membros inferiores e esteiras para cadeiras de rodas além do treino resistido para vencer a dificuldade de ativação muscular e cardiovascular adequadas.
Para que ocorra adaptação cardiovascular o exercício precisa gastar pelo menos 3 METs, sendo de 3 a 6 METs o exercício considerado moderado e de 6 a 9 METs exercícios vigoroso. Ou seja, alcançar essa intensidade de exercício nessa população já é uma dificuldade imposta pela limitação física.
Além disso, monitorar a intensidade do exercício é um desafio já que o parâmetro comumente utilizado é a frequência cardíaca e pessoas com lesão medular acima de T6 apresentam alteração do Sistema Nervoso Autônomo fazendo com que a frequência cardíaca não seja um parâmetro confiável.
Para superar essa dificuldade a Percepção Subjetiva de Esforço tem sido utilizada clinicamente e em estudos para monitorizar a intensidade dos exercícios, mesmo assim ainda são necessários mais estudos para chegar a melhor maneira de monitorização.
Portanto, aumentar o nível de atividade física em pessoas com lesão medular é um grande desafio da atualidade e encontra alguns dificultadores como: a própria realização do exercício, alcançar a intensidade correta e monitorar essa intensidade. Vencer esse desafio trará maior tempo e qualidade de vida!