Você sabe qual a melhor maneira de Realizar o Treino de Marcha na Pessoa com Lesão Medular Incompleta?

O Treino de Marcha tem várias modalidades, indicações e maneiras de ser executado e tem sido amplamente estudado, principalmente em pessoas com lesão medular.

Grande parte das lesões medulares acontecem após um acidente e o avanço contínuo do manejo imediato e do tratamento agudo pós lesão resultaram no aumento da taxa de sobrevivência e maior preservação medular com lesões incompletas.

Paralelamente a evolução do atendimento imediato e do tratamento médico, as pesquisas sobre a gestão da lesão medular aumentaram nas últimas décadas e muitas evidências passaram a existir.

A visão antiga baseada na reabilitação e compensação deu lugar ao objetivo de recuperar a função neuromotora e manter a atividade neuromuscular dos segmentos afetados.E, para isso, o Treino de Marcha, em todas as suas variações, tem sido amplamente estudado.

Em 2013, Morawiets e Moffat, publicaram uma Revisão Sistemática sobre os Efeitos do Treino de Marcha na Lesão Medular Incompleta e apenas 8 estudos passaram por todos os critérios de qualidade e avaliação e foram analisados.

E quando comparados os treinos de marcha:

  • Simples no solo
  • Com suspensão de peso corporal no solo
  • Simples na esteira
  • Com suspensão de peso corporal na esteira
  • Com eletroestimulação
  • Robótico

Não houve superioridade absoluta de uma modalidade sobre a outra. Nem em pessoas com menos de 1 ano de lesão ou com mais de 1 ano de lesão.

Os seguintes desfechos foram avaliados: velocidade da marcha, nível de independência na marcha, uso de dispositivos auxiliares, comprimento do passo, simetria e equilíbrio.

Nos mostrando, portanto, a importância de aplicarmos todas os modalidades do Treino de Marcha, para que nosso cliente seja beneficiado em cada uma delas em todos os parâmetros e possa obter o melhor resultado.

Referência: Morawietz C, Moffat F. Effects of locomotor training after incomplete spinal cord injury: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2013 Nov;94(11):2297-308. doi: 10.1016/j.apmr.2013.06.023. Epub 2013 Jul 9. PMID: 23850614.

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